quarta-feira, fevereiro 14, 2007

"Trazei Todos os Dízimos..."


Malaquias 3:10
Trazei todos os dízimos à casa do Tesouro, para que haja mantimento na minha casa; e provai-me nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar sobre vós bênção sem medida.

X
Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria.

2ª Coríntios 9:7
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- Dízimos... ironicamente, é sugerida sua pronúncia pelos irmãos até no momento de posar para fotografias, uma vez que tal pronúncia, inevitavelmente, arranca um "largo" sorriso do potencial modelo fotográfico.
- Mas, ironia à parte, falemos sério. Em meio às dezenas de abordagens mensais que me são feitas, a fim de que me "arranquem" uma definição a esse respeito, destaco a indagação mais comum: -"Dízimo é bíblico ou não é?".
- Muito bem. Temos de, então, concordar que bíblico ele é. Porém, a forma que ele é “cobrado”, pregado e administrado, não.
- Temendo muito o embate por parte dos religiosos, os crentes, que ainda priorizam o texto bíblico e suas determinações, não via textos isolados, mas, segundo um contexto amplo e abrangente, que leva em consideração a Bíblia de Gênesis a Apocalipse, têm se empenhado para informar à Igreja que, atualmente, a “apelação” em que se constituíram os métodos para levar o povo a contribuir com a “obra” são antibíblicos e desonestos.
- São antibíblicos porque consideram isoladamente textos que não têm a menor possibilidade de aplicação para a Igreja, tais como os “gafanhotos” do livro do profeta Joel, bem como as exortações do profeta Malaquias para lembrar ao povo judeu sobre a responsabilidade que tinham para com o Templo de Jerusalém e o sustento da Tribo de Levi que, para cuidarem exclusivamente do culto, não receberam herança como terras, lavouras ou rebanhos, tendo de ser mantida por seus irmãos (Dt 10:8-9) que são as outras 11 tribos. Tal exortação se deu pelo fato de os judeus retornados há vários anos da Babilônia, agora ricos, na reconstrução da cidade santa, priorizavam seus negócios, suas casas, fazendas e, negligenciavam a manutenção do Templo e o sustento dos Levitas. Enquanto moravam em “palácios”, se quer se compadeciam de seus irmãos em necessidade ou do Templo caindo aos pedaços. Por isso, foram comparados a ladrões, visto saberem das determinações do Senhor nesse sentido e, irresponsavelmente, abandonarem os irmãos sobre os quais Deus os havia constituído materialmente responsáveis.
- São desonestos porque, o líder cristão, inevitavelmente, precisa ser capacitado quanto à Palavra de Deus para guiar adequadamente o rebanho que Deus lhe confiou às mãos. Quanto à essa desonestidade, enumeramos algumas instâncias, a saber:

Os que pregam por ignorância: grupo constituído pela grande maioria de nossos pregadores, movidos por uma religiosidade doentia e uma tradição praticamente inquebrável. Pregam assim porque assim receberam há anos. “Sempre foi assim, por que mudar agora?”; perguntam eles. São pessoas incapazes de mudar seus conceitos, crendo mais no que tradicionalmente sempre se pregou do que em qualquer interpretação bíblica mais adequada.

Os que pregam por conveniência: às vezes eles até têm conhecimento quanto às determinações bíblicas, mas, como “todo mundo” prega e a situação financeira atual pede um “sacrifício” em especial... então, usa-se a máxima de chamar de ladrão o que não dizima ou, de levá-lo à crença de que, não contribuindo, os tais gafanhotos irão “devorá-lo” ou “mordê-lo”, ou coisa parecida. É uma espécie de apelação à sensibilidade...


Os que são “ladrões” mesmo: conhecem as Escrituras, sabem quais as determinações neotestamentárias a esse respeito, mas, em virtude da paixão que têm pelo dinheiro, uma vez que “todo mundo” cobra assim, para manter suas vidas de abastança, arrancam do povo, tudo quanto for possível, sob ministrações da “palavra de Deus” adequadamente elaboradas, inculcando-lhe um temor doentio e levando-o a contribuir “na marra”, com míseros 10%, inicialmente, e com outras quantias mais sob as várias nomenclaturas atuais do tipo, primícias, oferta missionária, campanha sabe-se lá de quê, etc.

- Para os menos avisados, e devidamente cegados pelas pregações deturpadas da Palavra de Deus, ou seja, pessoas que seguem cegamente a doutrinas de homens, incapazes de mergulharem nos textos bíblicos para obterem uma adequada interpretação deles, bem como, dão ouvidos exclusivamente às vozes de pregadores meramente incapazes ou devidamente desonestos, segue-se que, as determinações bíblicas para a Igreja no tocante às contribuições, levam em conta, prioritariamente, o fato de que, na Nova Aliança, ou seja, nesse período da Graça, a determinação de Cristo não mais limita as contribuições aos mesquinhos 10% do período da Lei. Ao contrário, agora, o Senhor espera que nós entreguemos à Sua Obra não 10, mas, 100%. E não 100% dos salários, mas sim, 100% de nossas vidas.
- Agora, convenhamos, um elemento que não aproveita essa “promoção” dos 10%, e não tem condições de entregar 10% de seu salário, certamente, não entregará 100% de sua vida nunca.
- Concluindo. Cientes de que nesse mundo, principalmente na época em que vivemos, é impossível que uma instituição se mantenha às custas meramente dos milagres e da boa fé, principalmente as Igrejas, necessitam das contribuições de seus membros para sobreviver. Todavia, essas contribuições só terão alguma valia espiritual para o contribuinte se for feita voluntariamente, de coração, com alegria (conf. 2ª Co 9:7). E, como uma “ducha gelada” nas cabeças dos mais religiosos, lamento informar que, essa entrega sob a possibilidade de sanções, caso a entrega não seja feita, ou dando o que lhe está realmente sobrando, espiritualmente, não tem o menor valor. Prova disso, leia a Carta de Paulo aos Filipenses, para que se tenha uma boa idéia do que vem a ser a contribuição voluntária, de coração, por amor, não dando o que se tem em sobra, antes, repartindo com os que nada têm o pouquinho que temos, de modo que tanto uns, quanto os outros, tenham nessa vida o mínimo possível para sobreviver dignamente.
- Quanto às distribuições do que a Igreja tem arrecadado, malignamente, tem-se praticado um farisaísmo sem precedentes, fazendo com que, em congregações freqüentadas por centenas de pessoas, uma só, ou no máximo umas duas ou três, usufrua o que a Igreja possui, ao passo que dentre os fiéis, encontram-se os mais absurdos exemplos de pessoas passando palas mais diversas privações, enquanto a instituição, como um todo, negligencia as ações de interesse social e comunitário, às missões evangelísticas e a demais obrigações que a Igreja enquanto um corpo necessariamente deveria participar.
- Assim, pelo amor de Deus, instrua-se: - “Não contribua na Igreja por motivo de sobra, nem por necessidade (de bênção futura), nem por constrangimento e, muito menos por medo. Antes, faça-o por amor, voluntariamente, antes mesmo que lhe seja pedido”.

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13 Comments:

At 2:24 PM, Blogger Unknown said...

VOCÊ PODERIA ATIVER EM SUA CONFIGURAÇÃO DO FEED PARA FULL OU COMPLETO, POIS ARQUIVO TODOS OS TEXTOS PUBLICADOS

 
At 3:55 PM, Blogger André Vasconcelos said...

- Dizimo o meio, mais facil hoje de enriqueicmento. E engracado que a igreja nao encontrou uma forma de se defender das acusacoes feitas aos pastores por causa do dizimo cobrado. Tambem devido a alguns escandalo ai que fica dificil mesmo de defender.
- Mas enfim e realmente verdade, o periodo que mas fui abencoado financeiramente e qdo eu ajudava a igreja da forma que ela precisa nao com dinheiro que as vezes, é usada de forma completamente errada. Contribuindo com o meu tempo, a minha disposicao e conhecimento para a obra de Deus.
- Hoje todos nos somos sacerdotes, mesmo sendo de nossas casas, nao temos um dever de manter e ter uma tribo sobre as nossas costa para sustentar. A biblia diz que Paulo construia tendas para se manter, nao dava trabalho para a igreja. Muitos dizem ora mas o pastor precisa de dinheiro para se manter, se sustentar, viver exclusivamente para a igreja. E faco uma pergunta e os dirigentes de congregacoes, que deixam suas familias e se sacrificam para a obra de Deus, fazendo o trabalho de um pastor sem receber nenhum centavo, apenas com a fe que Deus esta vendo o sacrificio dele, e esperando a maior e melhor recompensa. Por acaso eles tb nao sao dignos de receberem um salario para isso????

 
At 5:24 PM, Anonymous Anônimo said...

Desculpe, mas discordo do André Lins...
Paulo afirmou várias vezes coisas diferentes também, ..., afirmou que o trabalhador é digno do seu salário e alguns de receberam dobrado devido a seu empenho...
Acredito que a questão levantada pelo nosso amigo escritor não seja necessariamente a questão de contribuir ou não para a obra de Deus. Dizimar ou não, mas sim, a benfeitoria ou a malfeitoria feita através do dízimo, devido a corrupção de uma parcela significativa dos líderes cristãos. Este é o tema... Também acreditei inicialmente que ele referia-se a questão da obrigatoriedade do dízimo, mas seu texto não está focado neste aspecto, se assim o fosse, por exemplo, eu teria mantido meu primeiro comentário, o qual, apaguei, por não fazer sentido perante as exposições mencionadas...

 
At 11:48 PM, Blogger Nádia said...

Parabéns professor, mais uma vez voce Walter Leal, demonstrou com precisão e clareza o que realmente nós cristãos precisamos realmente saber sobre o tão ,tão principal de todos os assuntos evangélicos nos deparamos pelo ao menos todos os domingos de nossas vidas cristã - o dízimo - eis a questâo!
ACABE COM A BARGANHA E O FAÇA POR AMOR! Obrigado. Nádia Porto

 
At 2:07 PM, Anonymous Anônimo said...

Olá servo inútil do Senhor!
Gostei de conhecer seu blog.
Já o adicionei em meus links.
Um abraço
Antonio Francisco

 
At 4:29 PM, Anonymous Anônimo said...

Como faz falta essa mensagem hoje em dia!

Tudo no devido lugar. Essa mensagem escandalizaria alguns hoje...

PAZ!

 
At 10:20 AM, Blogger Πρεσβύτερος said...

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- Isaias e demais irmãos.
- Notaram quantas postagens (comentários) tive de apagar?
- Pois é, alguns "santos de Deus" colocaram aí palavras que não convinham ser lidas por mulheres crianças e pessoas que não gostam de maledicências.
- Por que será que fizeram isso?
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At 11:37 AM, Blogger Unknown said...

Paz amados,

Quem sou eu pra tecer um comentário a este respeito mas vou tentar da minha humilde opinião: pelo meu pouco conhecimento das Escrituras Sagrada creio que o dízimo foi uma ordenança pro povo israelita. Nós como egreja neotestamentaria não estamos mais debaixo de ameanças como se vê hj nas igrejas que defende a pratica do dízimo. É nosso dever como cristaos contribuirmos para o engradecimento do Reino de Deus e não para o enrequecimento de lobos que só querem a lã das ovelhas. A Palavra do Senhor nos ensina que o amor ao dinheiro é raizes de todos os males. Perqunto: Quem está amando mais o dinheiro? Os que não dão? ou os que colocam uma faca na garganta das ovelhas exigindo até com perda da salvação a entrega do dízimo?
Fiquem todos na Paz do Senhor.

Parabens pelo blog amado e tambem pela matéria.

Alfredo.

Brumado - Bahia.

 
At 4:42 PM, Anonymous Anônimo said...

Nós vivemos hoje em algumas igrejas evangélicas, um sistema religioso corrompido, cujo deus de muitos pastores é Mamom (riqueza) – Mt 6.24, , onde se cultua o dinheiro. Vejam que eles instituíram em suas igrejas um culto chamado de culto da prosperidade (onde se busca o dinheiro), ou seja, culto a Mamom.
Eles não servem mais a Deus de coração, mas o servem com coração no dinheiro, no tesouro que podem arrecadar e acumular na terra. A prioridade destes pastores, não é mais a de zelar pela integridade da doutrina bíblica, mas eles mesmos a deturpam para tirar proveito próprio, pois quem participa deste tipo de culto, geralmente sofre uma lavagem cerebral para entregar em oferta à igreja seus bens móveis e imóveis, como também grandes valores em dinheiro, como forma de barganhar com Deus em prol de se alcançar a tão sonhada prosperidade, prosperidade esta que só quem alcança são os pastores, que são beneficiados pelas grandes ofertas das ingênuas ovelhinhas.
É ridículo assistir nos programas “evangélicos” na tv os testemunhos de alguns crentes, que dizendo terem vivido na miséria, citam uma lista de bens materiais que conquistaram depois que participaram de alguma campanha, testemunhos estes que são articulados por seus líderes, que querem através dos mesmos, induzir outros irmãos a usarem do mesmo método que é o de dar todo o salário para a igreja.
Quero dizer para aqueles que caíram neste “conto do vigário”, digo isto porque perderam muitos bens com o intuito de enriquecer e hoje odeiam ouvir falar de Cristo e de igreja (e são muitos), que Deus continua os amando e tem um plano em vossas vidas, e que Ele não compactua e nem está alheio ao que o homem têm feito na Sua Casa usando o nome Dele indevidamente
E pra quem está chegando agora no Evangelho, quero alertar que prosperidade é você ter onde reclinar a cabeça e ter o sustento do dia a dia – I Tm 6.8, sempre sem avareza e contentando com o que tendes, na certeza de que Deus não te deixará e nem te desamparará – Hb 13.5, como disse o salmista: Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque nunca desamparaste os que te buscam – Sl 9.10, e ainda: Fui moço e agora sou velho; mas nunca vi desamparado o justo, nem a sua descendência a mendigar o pão – Sl 37.25, Paulo também enfatiza: Os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína – I Tm 6.9.

 
At 1:07 AM, Blogger Unknown said...

Paz meu irmão, que revelação, me passe seu e-mail novo, e tambem de uma olhada no meu blog: http://aigrejaverdadeira.blogspot.com/

Vinicius Lima
Porto Seguro

 
At 8:46 PM, Anonymous Reforma Já! said...

Olá, a paz Ir. Walter!


Em face do artigo veiculado acima - que ficou muito bom - realmente é uma dura verdade. Infelizmente estão distorcendo as Escrituras e por muita das vezes na ignorância, orgulho e por demais intenções que a carne pode proporcionar...

Portanto, gostaria de convidar o amigo a ler um TCC acadêmico/teológico sobre o dízimo que está postado no site [ www.reformaja.org ] no link "arquivos": A sombra do Templo no Dízimo e na Igreja.

Também acreditamos que o material produzido faça parte do vosso ambiente de estudo e análise. Por esta razão, leia a pesquisa até o fim se for possível, pois o desenvolvimento do texto é realmente "desafiador"...

Um abraço!

 
At 9:05 AM, Anonymous joão said...

Concordo que o dizimo é necessário para obra de Deus,mas fundamental seria a tranparencia com a participação dos membros da igreja no fechamento de caixa,afim de que não houvesse nenhuma suspeito quanto ao uso do dinheiro.
Infelizmente os sistemas arquitetados pelos dirigentes excluem seus membros,tornando assim o dinheiro uma armadilha para os seus protetores.
JB BH

 
At 11:02 PM, Blogger MEU FILHO É LINDO said...

Para mim é o seguinte:EU DOU A OFERTA,O DÍZIMO PARA DEUS.Se é usado em outra coisa problema do Pastor com Deus,eu faço MINHA PARTE,não sou contadora nem peço que me apresentem contabilidade do que é feito pela ou na Igreja.E se eu for em um templo que está cheio de goteiras ,tudo quebrado,pastor com sapato furado eu não volto,pq não BUSCO riquezas,BUSCO paz de espírito,mas uma pessoa que vive na miséria vive atormentada sim,como vou frequentar uma igreja que vou dar o Dízimo e Deus não me retornará,confio na promessa sim.Um pastor nessa situação ou é azarado ou tem algo errado com a administração da Igreja.E AZAR PEGA.Se o rebanho é grande,que é que tem demais Pastor andar bem vestido e ter casa boa e carro bom?eu ein?Gente esquisita...O problema do Dízimo não é nosso,é do PASTOR.Ele que se vire com Deus lá em cima...
Maria-Belo Horizonte

 

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